sábado, 7 de maio de 2011

O Pequeno Príncipe

O mais novo componente da mesa de cabeceira! - O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry


        Ontem ganhei um presente de aniversário muito legal! Tem um tempinho que eu to querendo comprar 'O Pequeno Príncipe'... tava na hora de ler de novo, já que em todas as fases da nossa vida a gente deve ler para interpretá-lo cada vez de forma diferente e terminei me surpreendendo quando abri o pacote! Ontem mesmo comecei a ler e terminei ficando no capítulo IX:

"Creio que ele aproveitou, para evadir-se, pássaros selvagens que imigravam. Na manhã da partida, pôs o planeta em ordem. Revolveu cuidadosamente seus dois vulcões em atividade. Pois possuía dois vulcões. E era muito cômodo para esquentar o almoço. Possuía também um vulcão extinto. Mas, como ele dizia: “Quem é que pode garantir?”, revolveu também o extinto. Se eles são bem revolvidos, os vulcões queimam lentamente, regularmente, sem erupções. As erupções vulcânicas são como fagulhas de lareira. Na terra, nós somos muito pequenos para revolver os vulcões. Por isso é que nos causam tanto dano.
O principezinho arrancou também, não sem um pouco de melancolia, os últimos rebentos de baobá. Ele julgava nunca mais voltar. Mas todos esses trabalhos familiares lhe pareceram, aquela manhã, extremamente doces. E, quando regou pela última vez a flor, e se dispunha a colocá-la sob a redoma, percebeu que estava com vontade de chorar.
- Adeus, disse ele à flor.
Mas a flor não respondeu.
- Adeus, repetiu ele.
A flor tossiu. Mas não era por causa do resfriado.
- Eu fui uma tola, disse por fim. Peço-te perdão. Trata de ser feliz.
A ausência de censuras o surpreendeu. Ficou parado, inteiramente sem jeito, com a redoma no ar. Não podia compreender essa calma doçura.
- É claro que eu te amo, disse-lhe a flor. Foi por minha culpa que não soubeste de nada. Isso não tem importância. Foste tão tolo quanto eu. Trata de ser feliz… Mas pode deixar em paz a redoma. Não preciso mais dela.
- Mas o vento…
- Não estou assim tão resfriada… O ar fresco da noite me fará bem. Eu sou uma flor.
- Mas os bichos…
- É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas. Dizem que são tão belas! Do contrário, quem virá visitar-me? Tu estarás longe… Quanto aos bichos grandes, não tenho medo deles. Eu tenho as minhas garras.
E ela mostrava ingenuamente seus quatro espinhos. Em seguida acrescentou:
- Não demores assim, que é exasperante. Tu decidiste partir. Vai-te embora!
Pois ela não queria que ele a visse chorar. Era uma flor muito orgulhosa…"

     Bom, agradeço a Batata (acho que ela nem vai ver isso aqui, mas tá valendo!) pelo presente, porque eu amei! E aconselho todos a fazerem essa experiência e observar o quanto é interessante identificar as mais diversas interpretações que se pode tirar desse fantástico livro que, a princípio, não passa de um livro pra crianças, mas com uma leitura mais atenta nada mais é que uma grande lição para as 'pessoas grandes que só se importam com números'!

Bom final de semana para todos!

Thaís

P.S.: Tem um post super legal sobre o meu aniversário no blog da Gabi, o Words Tangled in Green!

3 comentários:

  1. caramba, que bom que vc gostou,Maryana *.* e obg, de qualquer forma! =B

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  2. aaaaah! adoro o Pequeno Príncipe, acho que já tá na hora de ler denovo...
    teu "poste" ficou ótimo, thai uahsuahsuahsuhasuhas
    =**

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